Beira Baixa

Castelo de Castelo Branco - Livro das Fortalezas de Duarte de Armas -1509-1510- Reinado de D. Manuel I de Portugal

sábado, 21 de abril de 2018


FORTES,  FORTALEZAS E ATALAIAS



Idade Média

 As fortalezas da Raia são o testemunho histórico e cultural entre Portugal e Espanha, dois lados da fronteira que nem sempre estiveram em guerra

Numa primeira fase, linhas de detenção das ameaças mouras.
Numa segunda fase, a partir do Tratado de Alcanizes (1297, D. Dinis) numa clara definição da fronteira leste e efectiva ocupação do terreno, fomentando a fixação da população nomeadamente na exploração agrícola e na pastorícia. (Tratado fronteiriço mais antigo do mundo, ainda em vigor)
Recordemos que Portugal fez 7 Tratados de definições de fronteiras com os nossos vizinhos

Tratado de Zamora (1143)
Tratado de Badajoz (1267)
Tratado de Alcanizes (1297)
Tratado de Badajoz (1801)
Congresso de Viena (1815)
Tratado de Lisboa (1864)
Convénio de Limites (1926)

Foral de Castelo Branco

1214 - Dado por Pedro Auvito, Mestre do Templo em Portugal


Raia da Beira Baixa com a Província de Cáceres - Estremadura


Fronteira de Leste

Rio Torto,  Nasce Malcata Afluente da Ribeira Bazágueda Faz fronteira duran te cerca de 15 Km
Ribeira Bazágueda,  Nasce na Serra da Malcata /Sabugal) , afluente do Rio Erges, este afluente do Tejo
Rio Erges, Nasce na Serra da Gata /Espanha) faz fronteira entre Portugal e Espanha durante cerca de 50 Km e vai desaguar ao Rio Tejo.
Rio Tejo Nasce na Serra de Albarracim, 1593 m de altitude, , Espanha e desagua em Oeiras, Atlântico. Com um percurso de 1007 Km é a segunda maior bacia hidrográfica da Península logo a seguir à bacia do Rio Ebro

Lenda da Capela do Bom Sucesso  AQUI 

Fazer quadro do mesmo modo que foi feiro para os Pelourinhos
Distrito de Castelo Branco





Castelos - Fortalezas - Muralhas

Fortes dos Templários Século XII - XIII

1 - Belmonte

Castelo de Belmonte - fachada poente

Belmonte Torre Centum Cellas ou Torre de São Cornélio



2 - Castelo Branco


 
Fortaleza de segunda linha

3 - Covilhã


Hoje, 2018, nada resta do castelo e da muralha  muito pouco se encontra.

Mas não deixo de recordar o relato do  padre Luís Cardoso, no “Dicionário Geográfico de Portugal” (1747), sobre a Covilhã em que informava:
"Tem esta villa muro em todo o circuito da freguezia de Santa Maria com sua fortaleza, e Castelo, quazi tudo arruinado e em partes destruido de todo, e a torre mayor cahio methade della este prezente anno, e parece foy ruina do terremoto (...)

4 . Fundão

4.1. - Castelo Novo




5 - Idanha a Nova

Localizações:


5.1. Idanha-a-Velha



5.2. Penha Garcia


5.3. - Monsanto


Repare-se no registo do autor com o seu ajudante. Em baixo à esquerda

Lenda bezerra de Monsante . Veja AQUI

Cerco de Monsanto  AQUI 


5.4. - Rosmaninhal


Construção identificada por castelo do Rosmaninhal  
(página da Marinha de Guerra Portuguesa e que será património da Ordem de Cristo)

5.5. - Salvaterra do Extremo

Gravura de Brás Pereira (1642) sobre desenho de Duarte de Armas
Em baixo e à direita fortaleza de Penafiel (Espanha) 

5.6 - Segura


Gravura de Brás Pereira (1642)  sobre desenho de Duarte de Armas




6 - Oleiros


Não há notícia que Oleiros tenha tido qualquer fortaleza mas foi comenda da Ordem do Hospital (Séc. XIII) doação de D. Sancho I em 1184 à Ordem do Hospitalbem como a povoação vizinha de Álvaro (Foral Novo de 1514)
Em 1232 D. Mendo Gonçalves, Prior do Crato concede foral à vila oleirense. 
Em 1513, D. Manuel I renova aquele foral constituindo-se assim, definitivamente, como terra autónoma, acção extensível ao vizinho concelho de Álvaro, hoje área integrante do concelho de Oleiros.

Cruz de Malta

A Ordem de Malta ou Cavaleiros Hospitalários (oficialmente Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta)
Comenda da Ordem de São João do Hospital

Cavaleiro Hospitalário

Oleiros no século XIX ainda tinha pelourinho na Praça Principal. A encimá-lo tinha um galo dourado  de folha e por cima a cruz de malta. Estranhamento este pelourinho foi vendido em 1880.


Cruzeiro da Ordem de Malta na Freguesia do Estreito - Vilar Barroca - Oleiros


7 - Penamacor

Desenho de Duarte de Armas (1509) Livro das Fortalezas

Torre do Castelo (Fotos de Vitor Oliveira) 

8 - Proença-a-Nova

Terra dos Hospitalários (Séc. XIII)
(Antiga Cortiçada = terra de muita cortiça; O topónimo Proença surgr no séc. XVI)
No séc. XIII foi doada aos monges da Ordem do Hospital)
Primeiro foral em 1244 por D. Afonso III. Foral novo em 1512 por D. Manuel I
Não consta que alguma vez tenha sido praça fortificada



9 - Sertã



Lenda da  Grande Sertã. Ora entre  AQUI


10 - Vila de Rei

Não há registo de qualquer fortaleza ou castelo
Recebeu foral de D. Dinis em 1285 e Foral Novo de D. Manuel em 1513
A Ordem dos Templários e depois a Ordem de Cristo povoaram e defenderam estas teras



Marco trigonométrico que assinala o Centro geodésico de Portugal 
Picoto com 20 metros de altura

11 - Vila Velha de Ródão

11.1. Castelo do Rei Vamba ou Wamba- Misteriosa  Torre Atalaia construída sobre o Rio Tejo
Diz a lenda que foi constru+ido pelo último Rei Visigótico e ergue-se sobre as escarpas dp Tejop no sítio conhecido pelas portas do Ródão



Uma das lendas do misterioso castelo pode ser lida AQUI


Domínios dos Hospitalários Século XII - VIII 

Castelo da Sertã (Sertã, Sertã)
Castelo da Covilhã
Castelo de Belmonte (Belmonte, Belmonte)
Castelo de Castelo Branco, Castelo dos Templários (Castelo Branco, Castelo Branco)
Castelo de Castelo Novo (Fundão, Castelo Novo)
Castelo de Idanha-a-Nova (Idanha-a-Nova, Idanha-a-Nova)
Castelo de Idanha-a-Velha, Castelo de Idanha, Torre dos Templários (Idanha-a-Nova, Idanha-a-Velha)
Castelo de Monsanto (Idanha-a-Nova, Monsanto)
Castelo de Penamacor, Fortaleza de Penamacor (Penamacor, Penamacor)
Castelo de Penha Garcia (Idanha-a-Nova, Penha Garcia)
Castelo de Proença-a-Velha (Proença-a-Velha)
Castelo de Ródão, Castelo do Rei Vamba (Vila Velha de Ródão, Vila Velha de Ródão)
Castelo de Rosmaninhal (Idanha-a-Nova, Rosmaninhal)
Castelo de Salvaterra do Extremo (Idanha-a-Nova, Salvaterra do Extremo)
Castelo de Segura, Fortaleza de Segura (Idanha-a-Nova, Segura) (1)
Forte de Ponte de Alvito (Proença-a-Nova)
Torre de Centum Cellas, Centum Cellas, Centum Cellæ, Centum Celli, Centum Cœli, Torre de São Cornélio (Belmonte, Colmeal da Torre)
..........
https://pt.slideshare.net/arturfilipesantos/patrimnio-cultural-o-patrimnio-cultural-da-fronteira-as-fortalezas-da-raia-artur-filipe-dos-santos


(1) http://fortalezas.org/?ct=fortaleza&id_fortaleza=1889&muda_idioma=PT

Note-se que a Ordem de Aviz , a Ordem de Santiago e a Ordem de São João do Hospital (Hospitalários) não têm quaisquer fortificações na Beira Baixa. Oleiros era uma comenda da Ordem do Hospital
bem como Álvaro e Pedrópgão Pequeno (Séc. XII e XIII) e Proença a Nova
A Beira Baixa (séc. XII e XII) era domínios quase exclisovo da Ordem Militar dos Templários
Os Castelos e Fortalezas raianas são testemunho de muitos pedaços da História com pequenas e grandes lutas entre cristão e mouros, os dois povos peninsulares , narram a história dos seus senhores intrigas dos seus senhores de gente fidalga  da arraia miúda, amores e traições, coragem e justiça.



As imponentes muralhas defenderam por muitos séculos os ataques dos exércitos inimigos que gravados nas suas pedras são testemunho do heroísmo deste povo raiano



INVENTÁRIO DE CASTELOS -

Penamacor, Penha Garcia, Monsanto, Idanha-a-Nova, Idanha-a-Velha, Salvaterra do Extremo, Segura e Castelo Branco (8)

Castelo Novo? (1202)
Confiados às Ordens Militares - Templários - excepto Penamacor e Idanha-a-Nova



Em Portugal, os Templários não foram suprimidos, simplesmente mudaram seu nome para Cavaleiros de Cristo e continuaram tendo apoio real. Muitos anos depois, o navegador Vasco da Gama tornou-se um de seus membros, e o Príncipe Henrique, o Navegador, era Grande Mestre da Ordem rebatizada. As cruzes que ornamentavam as caravelas de Pedro Álvares Cabral eram templárias.

BEIRA BAIXA ________________________ Para a origem do patronímico "Castelo-Branco" os entendidos divergem Cast...